Um estudo da Universidade de Washington, publicado na revista Nature nesta segunda-feira (28), sugere que as vacinas das farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna podem garantir proteção contra o coronavírus a longo prazo.
Os pesquisadores avaliaram que, caso o vírus não sofra alterações significativas, as doses não precisarão ser reaplicadas.
Ao todo, 41 pessoas fizeram parte do estudo, que analisou nódulos linfáticos, região onde células imunológicas ‘aprendem’ a reconhecer e combater um novo vírus. Isso ocorre por meio do centro germinativo formado após a vacinação.
A imunização amplia o alcance dessas células, diminuindo também a possibilidade de surgimento de novas variantes.
O método utilizado consistiu em coletar amostras dos nódulos linfáticos dos participantes diversas vezes durante o tempo de estudo.
Cerca de quatro meses após a aplicação da primeira dose das vacinas nos pacientes, o centro germinativo se mostrou ainda ativo.
Segundo a pesquisadora que liderou o estudo, Ali Ellebedy, o mais comum é que o pico de anticorpos permaneça por uma ou duas semanas, e depois desse período a imunidade começa a decair.
Oito pessoas do grupo de amostras já haviam sido contaminadas pelo coronavírus. Com esse público, os pesquisadores desejam saber se pessoas que se recuperaram do vírus sem a vacina podem não precisar receber doses de reforço.
Neste primeiro momento, os resultados do estudo não se aplicam aos idosos, e àqueles com sistema imunológico debilitado.