As pessoas que se vacinaram contra a Covid-19 têm 30 vezes menos chances de morrer por complicações da doença. A conclusão é do Comitê Científico da Prefeitura do Rio, que se reuniu nesta quarta-feira (12) para discutir a situação da pandemia na cidade.
Segundo o grupo, que reúne especialistas da área da saúde, os dados apontam que os pacientes que não receberam o imunizante ou têm esquema vacinal incompleto apresentam mais risco de desenvolver formas mais graves.
Apesar do aumento do número de casos na cidade do Rio de Janeiro, o Comitê afirma que apenas 0,1% de todas as ocorrências são graves - demonstrando a efetividade das vacinas aplicadas na prevenção de casos graves e óbitos.
Os pesquisadores também dizem que já há evidências epidemiológicas para afirmar que mesmo os grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com comorbidades, apresentam quadros mais leves de infecção pela variante Ômicron.
Na avaliação do médico sanitarista da Fiocruz e ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a maior preocupação neste momento é a alta taxa de afastamentos de profissionais da saúde.
Segundo a Prefeitura, a taxa de positividade dos testes para Covid-19 está em 41%, mas apenas 3% dos internados da rede pública são pela doença.
De acordo com o Comitê, apenas pacientes que tenham sido diagnosticados com a doença devem aguardar um intervalo de 30 dias para tomar a vacina. Durante a reunião, o grupo também decidiu manter o intervalo de quatro meses entre a aplicação da segunda dose e da dose de reforço.
O documento também lembra a importância de manter o uso de máscaras em locais fechados, nos meios de transportes e, sempre que possível, nos locais abertos.
A próxima reunião do grupo está marcada para o próximo dia 24. A expectativa é que a realização do Carnaval seja discutida neste encontro.