A União Europeia, os Estados Unidos, e mais 22 países divulgaram uma carta, nesta sexta-feira (16), pedindo a publicação das atas de eleições e a libertação de presos que protestavam contra o pleito na Venezuela.
Com exceção do Brasil, México e da Colômbia, o apelo em conjunto realizada pelas coligações critica as prisões de protestantes contra o governo do atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em relação ao último pleito eleitoral, ocorrido no dia 28 de julho, e exigem a libertação.
Os países signatários da declaração, estavam reunidos em Santo Domingo de Guzmán, um município em El Salvador, e também pediram pela divulgação das atas eleitorais.
“Solicitamos a publicação imediata de todos os registros originais e a verificação imparcial e independente destes resultados [divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral], de preferência por uma entidade internacional, para garantir o respeito pela vontade do povo venezuelano expressa nas urnas”, informa um trecho da carta.
Além dos EUA e da UE, estão entre os países signatários, a Argentina, o Canadá, Chile, República Checa, Costa Rica, Equador, Espanha, El Salvador, Guatemala, Guiana, Itália, Marrocos , Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Grã-Bretanha, Irlanda do Norte, Suriname, Portugal e Uruguai.
O Brasil, o México e a Colômbia não assinaram o documento, por tentar uma alternativa pacífica para o impasse vivido na Venezuela.
A reeleição de Maduro foi proclamada dia após as votações, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) mesmo sem a divulgação das atas da eleição. De acordo com o conselho, o chavista obteve 51,2% dos votos, porcentagem que é contestada pela oposição e pela comunidade internacional.