O presidente dos Estados Unidos faz um apelo por ações globais para combater a crise climática, classificada por ele como “ameaça à própria vida do planeta”. Nesta sexta-feira (11), em discurso na COP27, conferência climática das Nações Unidas realizada no Egito, Joe Biden afirmou que o compromisso dos norte-americanos com o clima é inabalável.
E listou alguns feitos de seu governo: “Nos últimos dois anos, os EUA apresentaram progresso sem precedentes, atualizamos nossa rede elétrica, expandimos o transporte público e ferroviário, construímos estações de carregamento de veículos elétricos. E neste verão o congresso aprovou a maior e mais importante lei climática da história do nosso país, a lei de redução da inflação".
Segundo Biden, uma "boa política climática é uma boa política econômica". Ele também reforçou que "a crise climática tem a ver com a segurança do ser humano, com a segurança econômica, a segurança ambiental, a segurança nacional e a vida do planeta".
O democrata ainda pediu desculpas pela decisão de seu antecessor, Donald Trump, de deixar o Acordo de Paris e garantiu que os Estados Unidos estão a caminho de cumprir suas obrigações de reduzir as emissões de gases estufa pela metade até 2030 em comparação com 2005.
O presidente norte-americano também relacionou o conflito entre Rússia e Ucrânia com o combate à crise climática. "A guerra da Rússia apenas reforça a urgência da necessidade de uma transição para que o mundo abandone a dependência dos combustíveis fósseis. A verdadeira segurança energética significa que todas as nações precisam entender que o uso da energia como uma arma para manter a economia global refém precisa parar”, disse ele.
Por fim, Joe Biden anunciou um financiamento de 150 milhões de dólares para ajudar os países da África a se adaptarem aos desafios ambientais: “Os Estados Unidos estão agindo. Todos têm que agir. É um dever e responsabilidade da liderança global. Os países que estão em posição de ajudar devem apoiar os países em desenvolvimento, para que possam tomar decisões climáticas decisivas, facilitando suas transições energéticas, construindo o caminho para a prosperidade que é compatível com nosso imperativo climático. Se os países podem financiar o carvão nos países em desenvolvimento, não há razão para que não possamos financiar a energia limpa nos países em desenvolvimento”.
Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, atrás apenas da China.
Um dos principais desafios da COP27 é construir as bases para criação de um fundo para danos e perdas relacionados a questões climáticas. A ideia é que os países ricos auxiliem financeiramente os mais pobres nesse sentido.