Um mês de guerra: OTAN se reúne e anuncia mais ajuda à Ucrânia

ONU aprovou resolução que culpa a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia

BandNewsFM

, Jens Stoltenberg, prometeu mais ajuda aos ucranianos nos próximos dias
Foto: Yves Herman/Reuters

Em declaração após participar de cúpula da OTAN, nesta quinta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos afirmou que Vladimir Putin fracassou e que a aliança militar está mais forte do que nunca. Joe Biden disse ser a favor de novas sanções contra Moscou, inclusive a exclusão da Rússia do G20, grupo dos mais países ricos do mundo. O Kremlin já havia informado que o presidente russo deseja comparecer a cúpula do G20, que será realizada na Indonésia em novembro.

 Joe Biden também ressaltou que cabe somente à Ucrânia decidir se é necessário ceder parte de seu território para alcançar um cessar-fogo com os russos. O democrata voltou a destacar que a China sabe quais serão as consequências de um apoio militar à Rússia. E disse acreditar que Pequim não seguirá nessa direção: O presidente dos Estados Unidos garantiu que um eventual uso de armas químicas pela Rússia não passaria impune, mas que essa resposta dependeria da situação e do tipo de uso desses armamentos.

Mais ajuda

Mais cedo, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, prometeu mais ajuda aos ucranianos nos próximos dias. Ele afirmou que a aliança vai manter o contingente militar em países membros da organização no Leste Europeu, e que vai reforçar o envio de armamentos à região. Já o primeiro-ministro do Reino Unido anunciou um novo pacote de ajuda militar e econômica para a Ucrânia. Serão seis mil mísseis e 25 milhões de libras em financiamento para as forças armadas ucranianas. O premiê britânico ainda descartou a criação de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia. E cobrou novas sanções contra a Rússia, dessa vez focadas nas reservas de ouro de Moscou. 

Quem também falou nesta quinta-feira (25) foi o presidente da França. Emmanuel Macron fez um alerta para o aumento da crise alimentar em alguns países, especialmente no Oriente Médio e Norte da África. Ele ressaltou que essas nações são muito dependentes das exportações ucranianas e russas, paralisadas por conta da guerra. O líder francês ainda disse que as potências do Ocidente estão prontas para aumentar as sanções contra a Rússia. No entanto, descartou, mais uma vez, enviar soldados para lutar na Ucrânia.

Zelensky

Em discurso em cúpula da OTAN, o presidente da Ucrânia fez um novo apelo por ajuda militar na guerra contra a Rússia. Volodymyr Zelensky ressaltou que o povo ucraniano tem enfrentado bravamente o exército russo há um mês. Ele agradeceu todo apoio econômico e os armamentos enviados até agora. Mas ressaltou que apenas tanques e aviões podem interromper a morte do povo ucraniano.

ONU

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou, nesta quinta-feira (24), uma resolução que culpa a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia. A ONU ainda voltou a exigir o fim imediato das hostilidades no país. Essa é a segunda resolução aprovada contra a Rússia em menos de um mês. Foram 140 votos a favor, inclusive do Brasil, e 38 abstenções, entre elas a China. Cinco países votaram contra o texto: Belarus, Coreia do Norte, Eritreia, Síria e Rússia.

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