A Ucrânia cria corredores humanitários e tenta retirar a maior quantidade de civis das cidades mais ao leste do país, nas proximidades com a fronteira da Rússia e da Criméia, após o avanço da ofensiva russa na região e a ameaça de duros ataques nos próximos dias. Nesta quinta-feira (07), as autoridades afirmam que ao menos 10 rotas de fuga estão ativas.

Na quarta-feira (6), as cidades de Mariupol e Kharkiv voltaram a ser atacadas pelas tropas de Vladimir Putin. O governo da Rússia disse que retirou parte das forças militares das proximidades de Kiev e Chernihiv, região mais ao norte da Ucrânia, na semana passada, para facilitar as negociações de paz em curso.

Mas a Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar entre europeus e americanos, afirma que essa saída concentra mais forças no leste do país, local onde fica Kharkiv. Ou seja, houve um desvio das tropas e não há uma desescalada da ofensiva militar.

Irena Vereshchuk, vice-primeira-ministra ucraniana, disse que em Mariupol, cidade portuária estratégica na “operação militar especial” russa, os cidadãos estão conseguindo deixar a cidade por conta própria. Até semana passada, a região estava cercada e cerca de 100 mil pessoas estavam sem luz e sistema de aquecimento.