A guerra na Ucrânia entra nesta segunda-feira (14) no 19º dia com um luz de esperança para o fim do conflito. Ao longo do fim de semana, embora os bombardeios da Rússia tenham ficado mais intensos, autoridades de ambos os lados sinalizaram para a resolução do conflito nos “próximos dias”.
No domingo (13), Mikhailo Podoliako, conselheiro do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, disse que os diálogos de paz tiveram avanços, mas recuou de qualquer insinuação de que a Ucrânia possa de render para evitar o domínio de Kiev pelos russos.
Até então, a delegação da Ucrânia exigia a retirada das tropas inimigas do território ocupado e um cessar-fogo imediato para assinar um tratado de paz. Enquanto a Rússia dizia estar atrás de garantias de que os ucranianos não fizessem parte da Otan, a Aliança Militar do Ocidente liderada pelos Estados Unidos, o reconhecimento da Crimeia, ocupada em 2014, como território russo e a independência da região de Donbass, de maioria russa no leste da Ucrânia.
Também no domingo (13), Leonid Slutski, negociador do lado russo, disse em avanços “substâncias” nas conversas com os ucranianos e afirmou que nos “próximos dias” é possível se chegar a um acordo com a assinatura de documentos celebrando a paz. As informações são da agência de notícias russa RIA e distribuídas pela agência Reuters.
Até então, quatro encontros presenciais discutiram a possibilidade de cessar o conflito iniciado por Vladimir Putin em 24 de fevereiro. Três das cúpulas de paz ocorreram na Belarus. Já na última quinta-feira (10), os ministros das Relações Exteriores de ambos os países se encontraram na Turquia para mais uma tentativa de acordo.
Nesta segunda (14), é esperada uma nova reunião por videoconferência entre os lados. Assim como tem acontecido não últimos dias, por isso, as falas de progressos.
Em entrevista na tv americana, a vice-secretária de Estado, Wendy Sherman, disse que as pressões americanas parecem estar fazendo efeito. À Fox News, ela reforçou que Vladimir Putin tem intenção de destruir o país vizinho.
Ao mesmo tempo em que os países falam em um possível acerto, mas ainda sem indicar quais dois lados cederia, a Rússia continua a escalada da artilharia para o oeste da Ucrânia. Ao longo do domingo, áreas perto de Lviv, cidade mais próxima da fronteira com a Polônia e utilizada como rota de fuga pela população em meio ao conflito.
Uma base militar ucraniana foi atacada e 35 pessoas morreram e 134 ficaram feridas, naquele que parece ser um dos ataques mais mortais da Rússia desde o início da campanha militar.
