O Exército russo declarou nesta quinta-feira (18) que eliminou todos os alvos dos ataques realizados na noite anterior na Ucrânia, enquanto o governo de Kiev afirmou ter interceptado 29 dos 30 mísseis lançados pelo país vizinho.
Segundo um comunicado divulgado no Telegram pelo Ministério da Defesa da Rússia, "o objetivo dos ataques foi alcançado. Todos os alvos designados foram destruídos". O ministério não detalhou quais alvos foram atingidos, limitando-se a mencionar a destruição de "grandes depósitos de armas e munições".
Por sua vez, a Ucrânia anunciou nesta quinta-feira que conseguiu derrubar 29 dos 30 mísseis russos, além de quatro drones.
No dia anterior, Rússia e Ucrânia chegaram a um acordo para estender um pacto para a exportação de grãos ucranianos por mais dois meses. A negociação foi mediada pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, com apoio da ONU.
"Esses acordos são importantes para a segurança alimentar mundial. Os produtos ucranianos e russos alimentam o mundo", afirmou o secretário-geral da organização, o português António Guterres.
No entanto, depois dos ataques russos, não está certo se o acordo se mantém. O acordo entrou em vigor após uma visita de uma delegação chinesa, durante a qual a Ucrânia deixou claro que não aceitará qualquer plano de paz que envolva a perda de território.
A China, aliada próxima da Rússia, nunca condenou publicamente a invasão russa. O representante especial para Assuntos Eurasiáticos Li Hui, que já foi embaixador em Moscou, fez a viagem para fortalecer a candidatura de Pequim como mediadora do conflito.