O presidente da Turquia, Recep Erdogan, se diz contrário a entrada da Suécia e da Finlândia na OTAN. A fala ocorreu nesta sexta-feira (13), após o governo finlandês anunciar que vai pedir o ingresso na aliança militar.
Os suecos, em seguida, indicaram que também querem fazer parte da organização. De acordo com Erdogan, a OTAN não pode insistir no erro cometido com a adesão da Grécia. O país, assim como Suécia e Finlândia, apoia os curdos, maior povo sem pátria do mundo.
O governo turco tem uma relação conturbada com os membros dessa etnia e considera o Partido dos Trabalhadores do Curdistão como um grupo terrorista. A sigla defende a criação de um estado independente, o que levaria a Turquia a perder parte do território atual.
Os turcos têm o segundo maior exército da Aliança Militar do Ocidente, atrás apenas para os Estados Unidos. A posição contrária da Turquia poderia interferir na entrada de Finlândia e Suécia na OTAN, já que novas adesões dependem do apoio de todos os membros antigos da aliança.
A Rússia já havia anunciado que a adesão de novos países traria consequências. Moscou ainda ameaçou colocar armas nucleares no Báltico para garantir sua própria segurança.