O setor de turismo e de serviços do Rio de Janeiro sofre com os impactos do aumento de casos de Covid-19, frente à variante ômicron. O HotéisRio, sindicato que representa os estabelecimentos, acredita que o setor não vai sofrer tanto no Carnaval, já que até o momento as reservas para o período não foram canceladas. O número de funcionários afastados com a doença é baixo, segundo a associação.
No entanto, a expectativa para o verão não é mais tão grande. O fluxo de novas marcações para as próximas semanas diminuiu e já deixa alguns empresários apreensivos. O mesmo acontece no comércio.
O presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio, Fernando Blower, afirma que o faturamento já começa a diminuir. O dono de uma mercearia em Botafogo, na Zona Sul, João Soares, ressalta que, quando esperava o reaquecimento do setor, foi surpreendido pela nova cepa.
De acordo com uma pesquisa da Fecomércio, 40% dos empresários do estado disseram que os negócios foram prejudicados e 39% dos comerciantes da capital precisaram afastar funcionários com Covid-19.
Os serviços também sofreram o impacto da doença. Muitas agências bancárias estão fechadas para atendimento ou com funcionários afastados com sintomas. Na última terça-feira (11), clientes que precisavam fazer pagamentos em bancos da Zona Sul e da Zona Norte não conseguiram. A situação também é identificada em agências dos correios pelo município.
O setor judiciário não saiu livre das complicações, o Tribunal de Justiça do Rio passou a funcionar com apenas 50% dos funcionários trabalhando presencialmente a partir do dia 11 de janeiro.
A taxa de positividade da Covid-19 no estado é de 36,7%, ou seja, 36,7 resultados positivos a cada 100 amostras. Na capital, os números apontam 42,4%. A OMS recomenda que essa taxa seja inferior a 5% para ser possível classificar a pandemia como controlada.