Os ministros do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) começaram a julgar nesta quinta-feira (26) novos processos contra a chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro e do vice-candidato Walter Braga Netto.
O placar está 2 a 1 a favor de tornar Bolsonaro inelegível por abuso de poder político e econômico durante os eventos do Bicentenário da Independência, ainda em 2022. A sessão foi suspensa e deve retornar na próxima terça-feira (31) e mais quatro ministros devem votar.
As acusações são de autoria do PDT e da então candidata à presidência e atual senadora Soraya Thronicke. As ações apontam que a campanha de Bolsonaro teria utilizado as comemorações oficiais do 7 de Setembro como forma de alavancar a candidatura dele a mais quatro anos na Presidência da República.
A sessão desta quinta-feira (26) começou com o voto do relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves. Ele votou pela condenação de Bolsonaro, e o pagamento de R$ 425 mil em multa. O magistrado se manifestou contra a inelegibilidade de Braga Netto, mas definiu o pagamento de R$ 212 mil ao então candidato a vice do ex-presidente.
O ministro Floriano Azevedo Marques acompanhou o voto do relator, mas entendeu que Braga Netto deve se tornar inelegível por ter sido conivente com a ação de Bolsonaro. Já o ministro Raul Araújo se manifestou pela rejeição das duas ações.
Vale lembrar que Jair Bolsonaro já foi condenado a inelegibilidade por oito anos em outra ação julgada no mês de junho, também pelo TSE, e uma eventual inelegibilidade em outras ações não se somam à primeira punição. Se aplicada, será mais uma sanção que a defesa terá de tentar derrubar em recursos, para garantir que Bolsonaro volte às urnas.