O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou na noite de quarta-feira (24) a retirada imediata do ar do vídeo da reunião do presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores. O encontro no dia 18 de julho, no Palácio da Alvorada, contou com sem provas ao processo eleitoral brasileiro e ao sistema de votos eletrônicos.
A Corte eleitoral determinou ainda que Facebook, Instagram e Google retirem as publicações do ar. O canal público EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que transmitiu ao vivo o evento, também deverá seguir as determinações de remoção dos conteúdos
A decisão assinada pelo ministro Mauro Campbell, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, atende ao pedido do PDT. O partido acusa Bolsonaro de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação social.
"No caso em análise, o material veiculado em mídias sociais, em razão da proximidade do pleito, poderia, ainda, caracterizar meio abusivo para obtenção de votos, com o aumento da popularidade do representado, potencializada pelo lugar de fala por ele ocupado", escreveu Mauro Campbell.
Ainda na decisão, o ministro destaca que o TSE já refutou outras falas de Jair Bolsonaro.
"Nota-se que longe de adotar uma posição colaborativa com o aperfeiçoamento do sistema eleitoral, o representado [Bolsonaro] insiste em divulgar deliberadamente fatos inverídicos ao afirmar que há falhas no sistema de tomada e totalização de votos no Brasil"