Apesar do presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciar a incorporação oficial, nesta quarta-feira (5), de mais de 15% do território ucraniano, as tropas da Ucrânia seguem avançando com ganhos territoriais no sul e leste ucraniano.
Pela primeira vez desde o início da invasão russa, as forças comandadas por Kiev têm conseguido se consolidar ao longo das fronteiras das regiões de Donetsk e Luhansk. Oficiais ucranianos alegam que soldados russos precisaram fugir, deixando para trás corpos de militares nas ruas.
Nesta terça (04), o presidente Volodymyr Zelensky disse que seu exército obteve grandes e rápidos avanços contra as forças russas na semana passada, recuperando dezenas de cidades em regiões do sul e leste que a Rússia declarou anexadas.
Após um referendo bastante controverso, Moscou anunciou a anexação das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia. A medida agora foi aprovada pelo parlamento russo e, em seguida, assinada por Putin.
O Kremlin informou que ainda precisa determinar as fronteiras finais do território anexado. De acordo com o parlamento da Rússia, as pessoas que vivem nas regiões receberão passaportes russos, o Banco Central do país supervisionará a estabilidade financeira e o rublo será a moeda oficial.
Além disso, Moscou anunciou a estatização da maior usina nuclear da Europa, localizada em Zaporizhzhia. Em reação, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que viajará para Kiev.
A anexação dos territórios pela Rússia é considerada ilegal pela comunidade internacional.