O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, instância equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil, reconheceu, nesta quinta-feira (22), a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho. A decisão é contestada pela oposição venezuelana, que aponta o Judiciário como um braço do chavismo.
A mais alta corte do país é reconhecidamente controlada por aliados de Maduro e tem forte influência política. O tribunal reconheceu a vitória depois de uma auditoria feita com base nas atas eleitorais. É a primeira vez que a Suprema Corte se manifesta sobre o resultado das urnas.
No entanto, os documentos que registram os votos e resultados em cada local de votação da Venezuela ainda não foram divulgados publicamente.
Segundo o tribunal, houve um ataque cibernético ao sistema que registra os votos da Justiça eleitoral, o que teria atrasado a divulgação das atas eleitorais.
A comunidade internacional cobra, desde 28 de julho, a divulgação dos documentos. Por causa da demora para a liberação das informações, o Brasil não reconheceu o resultado da eleição.
O presidente Lula já reconheceu a possibilidade de realização de uma nova votação, com acompanhamento de observadores internacionais.