A tragédia em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, que matou mais de 230 pessoas após grandes deslizamentos de terra por causa de fortes chuvas completa um ano nesta quarta-feira (15). A cidade ainda possui 270 áreas vulneráveis e que representam perigo à população.
Algumas regiões sequer receberam qualquer intervenção do poder público. Pedras ainda estão deslocadas e pedaços de terra não foram retirados após os estragos causados pela chuva.
As obras no bairro Alto da Serra, o local mais atingido pelo temporal, começou a receber as primeiras obras recentemente. Parte da população decidiu deixar o local por causa da falta de ações do governo.
Uma das necessidades já identificadas pela gestão é aumentar o escoamento do Rio Palatinos, além do Rio Extravasor, que está sob uma galeria de águas pluviais.
A estimativa é que pelo menos 70% da água que passa pela cidade de Petrópolis escoe pelo Rio Extravasor. A obra do túnel, que seria uma espécie de válvula de escoamento, está estimada em R$ 70 milhões.
Apesar da relevância, o local teve apenas um terço das obras concluídas pelo governo do Rio de Janeiro, que agora promete licitar as etapas seguintes. A população reclama também que há atraso também na instalação de sistemas de captação de águas pluviais e esgoto da cidade.
Sobre a contenção de encostas, a Prefeitura de Petrópolis informou que já começou a realizar as obras em diversos pontos e que há outras áreas em processo de licitação. Em relação às galerias pluviais, a nota diz apenas que as intervenções ainda estão sendo realizadas.