Traficante acusado de derrubar helicóptero é condenado a 225 anos de prisão

Fabiano Atanázio da Silva está preso desde 2012; aeronave foi abatida por traficantes no Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro, em 2009; três policiais morreram na ocasião

Rádio BandNews FM

Traficante acusado de derrubar helicóptero é condenado a 225 anos de prisão
Traficante acusado de derrubar helicóptero é condenado a 225 anos de prisão
Foto: Reprodução

O último acusado de envolvimento na queda de um helicóptero que deixou três policiais militares mortos, em 2009, é condenado a 225 anos de prisão e 1200 dias multa. A sentença foi anunciada nesta quarta-feira (21) pelo Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

O ataque no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, teria sido orquestrado pelo então traficante da Vila Cruzeiro, Fabiano Atanázio da Silva.

O FB está no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, e acompanhou virtualmente o júri popular, que começou na terça-feira (20) com o depoimento do delegado responsável pela investigação.

Fabiano Atanázio da Silva foi preso apenas em 2012, em uma casa de luxo em Campos do Jordão, em São Paulo, com outras sete pessoas.

Na queda, a aeronave pegou fogo e os policiais militares Izo Gomes Patricio, Marcos Standler Macedo e Edney Canazaro morreram. As imagens do helicóptero abatido correram o mundo e expuseram o poder bélico dos bandidos nas comunidades cariocas.

A juíza Tula Mello afirmou que “ação nefasta que se assemelha a um ato terrorista” atinge diretamente a população em geral. O Conselho de Sentença aceitou a condenação por três homicídios, seis tentativas de homicídio e associação ao tráfico.

Segundo o Ministério Público, Fabiano Atanázio e os comparsas queriam dominar o Morro dos Macacos, que era controlado por outra organização criminosa.

Magno Fernando Soeiro Tatagiba de Souza, o Magno da Mangueira; Leandro Domingos Berçot, conhecido como Lacoste; e Luiz Carlos Santino da Rocha, o Playboy, já foram julgados anteriormente e condenados. Michel Carmo de Carvalho morreu antes do início do julgamento.