Os prefeitos de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife montaram um comitê para debater a realização do carnaval em 2022. O grupo foi criado por João Campos, mandatário da capital pernambucana, para discutir as condições sanitárias necessárias para a realização da festa.
Nove cidades do Sul de Minas, até o momento, decidiram cancelar o Réveillon e o Carnaval do ano que vem, por causa da pandemia de Covid-19. As prefeituras alegam que a segurança da população, a tentativa de evitar aglomerações e, consequentemente, novos casos da doença, são os principais motivos para a suspensão das festas.
Em Belo Horizonte, a prefeitura não vai patrocinar o Carnaval, mas também não vai proibir manifestações espontâneas durante a folia. Eventos particulares em casas noturnas vão ser realizados normalmente.
Já no Rio de Janeiro, a Prefeitura pretende manter a realização do Carnaval e do Réveillon mesmo com diferentes cidades cancelando a festa.
Nesta quinta-feira (25), a Secretaria Municipal de Saúde disse que não há, no momento, evidência científica que indique a necessidade de restrição aos eventos na cidade.
A prefeitura, no entanto, afirma que segue monitorando o panorama da pandemia na cidade e que, em caso de mudança, poderá alterar as medidas.
Em São Paulo, São Caetano do Sul, no ABC Paulista, entra para a lista das mais de 70 cidades que decidiram cancelar as festas de Carnaval do ano que vem.
Entre elas estão Botucatu, Sorocaba, Mogi das Cruzes, Poá e Suzano. Também foi cancelado o tradicional carnaval de São Luiz do Paraitinga, que leva multidões às ruas.
Na última quarta-feira (24), o coordenador do Centro de Contingência, doutor Paulo Menezes, apontou que a perspectiva de uma grande aglomeração neste momento não é a ideal.
Em Salvador, inda não há definição se a tradicional folia acontecerá na capital baiana. De acordo com a prefeitura da cidade, essa decisão será tomada ainda este mês.
A Fiocruz Bahia esclareceu, em nota enviada à imprensa na manha desta quinta-feira (25), que a recomendação para que o estado avance na vacinação, a pelo menos 90%, seria o fator necessário para iniciar qualquer discussão sobre a realização do Carnaval.
Em Recife e em Olinda, a realização da folia em 2022 também é incerta. Em nota, a Prefeitura da capital pernambucana disse que a decisão sobre a festa ficará a cargo das autoridades sanitárias.
A Prefeitura de Olinda, portanto, disse que seguirá a recomendação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde de Pernambuco sobre promover o Carnaval no ano que vem.