A escultura do “Touro de Ouro”, instalada em frente à sede da Bolsa de Valores de São Paulo, foi retirada na noite desta terça-feira (23) depois de a Prefeitura apontar que a obra era irregular.
A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, a CPPU, considerou que a estátua violava a Lei Cidade Limpa, pois tinha elementos de peça publicitária, já que fazia referência às empresas patrocinadoras, como a corporação de educação financeira Vai Tourinho, que pertence ao economista Pablo Syper e à XP Investimentos. Nos pés do animal há uma placa que homenageia a empresa de Syper, além de ser uma forma de alusão à logomarca da companhia, que é caracterizada por um touro dourado.
Durante a discussão que definiu a violação, a presidente do órgão, Regina Monteiro, explicou que foram feitos vários alertas da necessidade do aval para a instalação da obra, mas que o requerimento não foi atendido pela empresa DMAISB Arquitetura e Construção, a responsável pelo licenciamento.
Durante a mesma reunião, o arquiteto que comanda a DMAISB, Rafael Brancatelli, afirmou que não sabia da necessidade de aprovação da estrutura antes da instalação. Ele apontou que chegou a falar com o secretário César Azevedo, da Secretaria Municipal de Licenciamento, que, segundo Brancatelli, disse estar surpreso com a situação.
A Subprefeitura da Sé, responsável pela área, vai definir o valor da multa que será aplicada aos responsáveis.
Após a remoção da obra, a calçada e a porta principal da B3 foram vandalizadas com tintas. O touro já havia sido vítima de vandalismo e protestos contra à fome.