O rombo nas contas do governo para 2023 deve ficar em torno dos R$ 120 bilhões. A informação é da ministra do Planejamento, Simone Tebet.
A expectativa era que o déficit seria em torno de R$ 107 bilhões de reais. No entanto, o valor divulgado pela ministra é inferior ao previsto no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional, que estava estimado em R$ 230 bilhões.
O relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do primeiro bimestre divulgado pelo governo reduziu a estimativa do rombo de 2,1% do Produto Interno Bruto para 1% do PIB.
De acordo com a ministra, o relatório divulgado pela área econômica não considerava, ainda, o reajuste do salário mínimo, que vai passar, a partir de maio deste ano, de R$ 1.302 para R$ 1.320. Apesar disso, Tebet afirmou que o valor ainda é uma projeção, mas que caminha no que a governo planeja para 2023.
Para o economista Raul Veloso, o governo está cortando a projeção do déficit primário pela metade, o que, em si, é um bom sinal. Mas ele lembra que ainda é necessário comparar os resultados com o que foi herdado do governo anterior.
Simone Tebet também afirmou que a relação dívida com o PIB ainda é preocupante pois segue em patamar elevado, e que é necessária responsabilidade sem pressionar a inflação. A ministra ainda disse que o governo vai cortar gastos e que uma das maneiras propostas pelo Ministério do Planejamento é a revisão de restos a pagar pelo Poder Executivo.
Também nesta quinta-feira, a Receita Federal divulgou a arrecadação no mês de fevereiro. Foram R$ 159 bilhões, alta de 1,28% em relação ao mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação. Esse é o melhor desempenho para o mês na série histórica, iniciada em 1995.