A ministra do Planejamento e do Orçamento, Simone Tebet, anunciou nesta quarta-feira (2) que os preços dos alimentos começarão a cair nos próximos dois meses e que essa iniciativa pode levar à redução da taxa básica de juros no futuro. O anúncio foi feito durante a cerimônia dos 60 anos do Banco Central, em Brasília, e em meio aos impactos da inflação no orçamento da população brasileira desde o ano passado.
Após cinco altas, a taxa de juros está atualmente em 14,25% ao ano, em patamar igual ao registrado em 2015/2016, na gestão da presidente Dilma Rousseff.
Na última reunião do Copom, o Banco Central divulgou que os preços de alimentos "mantêm-se elevados e tendem a se propagar para outros preços no médio prazo em virtude da presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira".
No relatório de política monetária, divulgado em março, a instituição avaliou que os preços ao consumidor devem seguir com variações mensais elevadas nos próximos meses e a inflação, acumulada em doze meses, deve permanecer ao redor de 5,5%, acima do intervalo de tolerância da meta - que é de 4,5%.
O Banco Central destacou que os produtos in natura podem voltar a subir após um período de relativa estabilidade. Já alimentos industrializados tendem a ter uma alta mais contida, mas ainda significativa. A oferta restrita de boi gordo e a demanda externa aquecida seguem pressionando os preços das proteínas em 2025.