Depois que foi autorizado pelo plenário do Tribunal de Contas da União, o Governo Federal pode continuar o processo de privatização da Eletrobras, que tinha sido suspenso no dia 20 de abril.
Na ocasião, o ministro Vital do Rego pediu mais tempo para analisar o caso e foi o único voto contrário à capitalização da estatal, que atua em geração e transmissão de energia elétrica. Ele chegou a pedir que o julgamento fosse suspenso, alegando que o processo tem muitas irregularidades, entre elas, a falta de recursos que seriam usados para pagar possíveis indenizações em ações judiciais.
Assim, propôs que uma auditoria fosse feita para solucionar o impasse, o que foi negado pelos demais sete ministros. Vital do Rego criticou a proposta apresentada pelo Governo Federal e disse que nenhum país que possui matrizes energéticas parecida com as do Brasil privatizou o serviço de energia.
Apesar disso, nenhum dos ministros seguiu o entendimento de Vital do Rego. Ao votar a favor da privatização, o ministro Augusto Nardes defendeu que, se não for privatizada, a Eletrobras não vai conseguir atender a demanda da população brasileira.
Essa é a última etapa que do processo de privatização da empresa pública que cuida de geração e transmissão de energia.
O relator da ação foi o ministro Aroldo Cedraz, que votou pela privatização, mas pediu que o preço mínimo de venda fosse revisto, e defendeu também que uma possível reestatização da estatal fosse facilitada.