Taxistas reclamam de novo equipamento obrigatório para circular em SP

Motoristas alegam que não foram consultados pela prefeitura

BandNews FM

Os profissionais tem até 28 de abril para entrarem na plataforma oficial da Prefeitura.
Foto: Rovena Rosa

Os taxistas da cidade de São Paulo têm reclamado da obrigatoriedade da instalação de um aplicativo e de um equipamento para poderem continuar trabalhando.

Os profissionais têm até 28 de abril para entrarem na plataforma oficial da Prefeitura, a SPTáxi, e agendar a instalação.

Eles precisam, ainda, programar a conexão de um dispositivo chamado desaclopador, que deve estar instalado até o fim de outubro. O aparelho ficará ligado ao taxímetro e ao telefone do motorista.

Segundo a empresa contratada pela Prefeitura para gerir o sistema, o equipamento vai servir para que o valor de uma corrida solicitada pelo SPTáxi seja cobrada pelo valor exato do taxímetro.

Os motoristas reclamam da medida por falta de informações e transparência, já que a iniciativa não teria sido discutida com a categoria.

"Não temos diretrizes e não temos um parâmetro legal explicando exatamente até que ponto vai o desacoplador. Nós não temos uma garantia da prefeitura de que, no futuro, outra informação colhida pelo equipamento possa ser usada contra nós", desabafa o taxista Eozito Amaral.

Caso os motoristas não cumpram as medidas determinadas pela gestão municipal, eles estarão proibidos de renovar o alvará, ou seja, não terão mais a permissão para trabalhar.

Rogério Masala é profissional da área há 10 anos e tem dúvidas sobre operação. "Eu não posso perder o alvará, tenho família para sustentar. A gente tem que fazer alguma coisa, eu concordo, mas não é desse jeito", afirma.

A empresa TAKSIM, vencedora do contrato de prestação de serviço, vai ser remunerada com um valor fixo de quase 11% por corrida.

A companhia e a prefeitura garantem que a taxa será cobrada somente nas corridas que forem solicitadas dentro do aplicativo SPTáxi, por mais que o aparelho esteja conectado o tempo todo ao taxímetro.

Em nota, a administração municipal informou que, atualmente, todos os taxistas precisam de um smartphone para circular, já que o certificado de licenciamento é eletrônico.

A prefeitura de São Paulo também declarou que a captação das informações pelo aparelho que deverá ficar no veículo respeita a Lei Geral de Proteção de Dados.

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