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Tarcísio não descarta romper com ViaMobilidade e cita cautela com privatizações

Em entrevista exclusiva à BandNews FM, o governador de SP falou sobre a Sabesp, falhas no sistema de transporte, relação com Lula e futuras concessões

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, concedeu uma entrevista exclusiva à BandNews FM na manhã desta segunda-feira (23). Ele elogiou o projeto de despoluição do Rio Pinheiros, não descartou romper o contrato com a ViaMobilidade e deu detalhes sobre privatizações e outros assuntos que a gestão estadual enfrenta no primeiro mês de governo. 

Ele afirmou que o governo vai estudar a privatização da Sabesp e que esse processo deve ser visto sem nenhum preconceito. O político explicou que todas as privatizações analisadas pelo poder público estadual são vistas “com cautela”. Tarcísio de Freitas deu detalhes sobre o controle da empresa e afirmou que “saneamento é a bola da vez”. Ele citou que a privatização será levada adiante a partir do momento em que os estudos mostrem os resultados desejados pela gestão pública.

“Queremos que água chegue na torneira de todo mundo e mais barata. Existe a possibilidade de ter a redução da tarifa a partir do momento que você torna a empresa mais eficiente”, disse. 

Em relação ao projeto de despoluição do Rio Pinheiros, Tarcísio de Freitas elogiou a iniciativa do governo de João Doria. "Vamos dar continuidade ao que é bom e ampliar", afirmou. 

Ainda nesta segunda (23), o governo do estado terá uma reunião com a ViaMobilidade, empresa que administra as linhas 8 e 9 da CPTM e é alvo de constantes reclamações por causa dos problemas no sistema. 

O governador afirmou que o Palácio dos Bandeirantes não está satisfeito com o serviço prestado e indicou que vai cobrar investimentos. "Vamos para cima. Se eles não conseguirem se adequar, prestar um serviço de qualidade, vamos partir para extinção do contrato e o governo vai reassumir as linhas", afirmou. 

Ao afirmar que mantém a promessa de uma relação republicana e de diálogo com Lula, ele revelou que debateu com o presidente a revisão da tabela do SUS e também a privatização do Porto de Santos. O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, já se mostrou contrário ao projeto, mas o governador de São Paulo mantém a intenção de estudar a concessão. 

Ele afirmou que Lula deu o aval para discutir a ideia e antecipou que a intenção é manter a área como propriedade do governo federal, mas com uma empresa gerindo o espaço. A verba da outorga, segundo Tarcísio de Freitas, seria usada para a construção da travessia seca entre Santos e Guarujá. 

O governador de São Paulo também falou sobre o aumento dos salários dele, do vice-governador, secretários e deputados estaduais, pontuando que o reajuste já estava previsto no Orçamento elaborado pelo antecessor Rodrigo Garcia. "Estamos analisando oportunidades de corte de gastos em áreas onde detectamos desperdícios. Faremos isso para investir esses recursos em áreas como saúde, educação e segurança pública", completou o governador.