A Procuradoria-Geral da República ainda não se manifestou sobre uma eventual investigação do deputado Luis Miranda por suposta denunciação caluniosa contra o presidente Jair Bolsonaro. Na quinta-feira (22), a ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, determinou que a PGR se posicione em até 15 dias sobre o pedido da Polícia Federal.
"Antes de qualquer providência, determino a abertura de vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental. Com o parecer ministerial, voltem conclusos”, afirmou a ministra no despacho.
No início da semana, a Polícia Federal questionou ao Supremo se o deputado deve ser investigado no mesmo inquérito que já foi aberto para apurar suposta prevaricação de Bolsonaro sobre irregularidades na compra da vacina Covaxin.
Na decisão, a ministra disse que cabe à PGR avaliar se há elementos para abertura formal de uma investigação contra o deputado
Os irmãos Miranda dizem ter se reunido com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, no mês de março, para comunicar supostas irregularidades na compra da vacina do laboratório indiano Bharat Biotech.
E que o presidente não teria tomado providências - o que configura o crime de prevaricação.