‘Superquarta’: Brasil e Estados Unidos definem taxa básica de juros

Enquanto Banco Central brasileiro deve elevar Selic, Fed aguarda políticas de Trump

BandNews FM

‘Superquarta’: Brasil e Estados Unidos definem taxa básica de juros
Foto: Marcelo Casall Jr/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária do Banco Central divulga no início da noite desta quarta-feira (29) a nova taxa básica de juros do Brasil. A expectativa é por um aumento de um ponto percentual, elevando a Selic para 13,25%. Os economistas, no entanto, esperam a ata da reunião para entender os próximos passos do BC.

Esta é a primeira reunião do Copom comandada por Gabriel Galípolo, que substituiu Roberto Campos Neto na presidência da autoridade monetária nacional.

Mais cedo, no meio da tarde, o Federal Reserve - o Banco Central americano, anuncia os rumos dos juros na maior economia do mundo, atualmente no intervalo entre 4,25% e 4,5%. Os analistas acreditam na manutenção da taxa, embora o presidente Donald Trump tenha dito que determinaria um corte no indicador.

O Fed deve esperar um pouco mais para entender a política a ser adotada pelo republicano no poder. A possibilidade de uma elevação nas tarifas de importação e de uma guerra comercial com atuais parceiros preocupa, e influencia na definição do horizonte dos juros.

Com uma economia forte e resiliente, a inflação preocupa nos Estados Unidos, o que pode levar a autoridade monetária a manter os juros em patamares mais altos por enquanto.

Já no Brasil, as preocupações vão além da alta da inflação. Por aqui, o risco de um descontrole nos gastos públicos pressiona a Selic. Economistas também têm dúvidas sobre os impactos inflacionários da alta do valor do dólar e os efeitos na economia brasileira.

Por enquanto, o Copom indicou a elevação dos juros nas próximas duas reuniões até chegar ao patamar de 14,25%, o que está previsto para março.

O colegiado se reúne ainda na esteira da divulgação do Boletim Focus, relatório semanal que compila as previsões do mercado financeiro. Na segunda (27), os analistas elevaram a previsão da inflação neste ano para 5,50%, já distante do patamar aceitável de 4,50%, conforme a meta definida pelo governo.

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