O Supremo Tribunal Federal formou maioria, nesta sexta-feira (16), para tornar ré a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), no caso da perseguição armada a um apoiador do presidente Lula em 29 de outubro do ano passado, na véspera do 2º turno das eleições.
Após um bate-boca, na região dos Jardins, área nobre da cidade de São Paulo, Zambelli caminhou pela rua em posição de tiro, invadiu uma lanchonete e pediu para que o rapaz se deitasse no chão. Um segurança chegou disparar contra o chão, foi preso e liberado depois de pagar fiança no valor de um salário mínimo.
Até o momento, seis ministros do STF votaram pelo recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República: Gilmar Mendes (relator), Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Apenas o ministro André Mendonça, por enquanto, votou contra, entendendo que o processo deveria ser enviado à Justiça de São Paulo.
Além da condenação por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e de constrangimento ilegal com emprego de arma, a PGR pede que Zambelli seja obrigada a pagar 100 mil reais por danos morais coletivos e perca, em definitivo, o porte de arma.