O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira (06) um recurso que pode tornar réu o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por corrupção passiva.
A decisão da Corte define apenas se o parlamentar irá responder criminalmente ou não pela acusação. A pena para o crime pode variar de dois a doze anos de detenção.
O julgamento é referente a denúncias de 2012, que investigam possível lavagem de dinheiro e suposta propina aceitada por Lira para garantir apoio político a um diretor da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos. A investigação aponta o recebimento de um montante de R$ 106 mil em troca da manutenção do cargo na direção.
Em 2019, a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o político foi parcialmente aceita pela primeira turma do STF. Mas, a defesa de Lira entrou com recurso contra a decisão, esse pedido será analisado nesta terça-feira (06) pelos ministros.
Além do caso no Supremo, o presidente da Câmara também enfrenta dificuldades com a Polícia Federal devido a uma investigação que apura suposto envolvimento de aliados dele em fraudes de licitações na compra de kits de robóticas em cidades do Alagoas.
O político chegou a ligar para o diretor geral da PF para pressionar contra o “vazamento” de informações dos investigados.