O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) o acesso ao inquérito sobre o esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em nota, Carlos disse que tinha pedido acesso aos autos no STF, mas que a solicitação ainda não havia sido analisada, "impossibilitando que se tome conhecimento dos fatos em apuração". O órgão informou, também por escrito, que o acesso já está liberado e que a defesa deve buscar o material na sede.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes atende a um pedido da defesa do vereador, alvo de investigação da Polícia Federal em uma operação que apura uso irregular da agência durante o governo Jair Bolsonaro, pai do vereador.
Segundo a PF, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro seria o idealizador da chamada "Abin paralela". E teria determinado que a agência monitorasse autoridades públicas, sem autorização judicial. Uma tabela encontrada pelos agentes listava mais de 60 mil acessos não autorizados para identificar a localização de celulares.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, requisitou ao ministro Alexandre de Moraes os nomes de parlamentares que teriam sido alvo de espionagem. E depois das revelações feitas pela Polícia Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma limpa na Abin com a troca de 12 chefes e diretores.