O Supremo Tribunal Federal julga a partir desta sexta-feira (06) um recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pede a suspeição de Alexandre de Moraes no inquérito da tentativa de golpe de Estado.
Os advogados alegam que o ministro não pode julgar e relatar o caso, já que é citado como possível vítima e, por isso, poderia ser parcial.
Segundo investigações da Polícia Federal, militares elaboraram um plano para assassinar autoridades, incluindo Moraes.
O julgamento da ação acontecerá entre os dias 06 e 13 de dezembro, no Plenário virtual do Supremo.
Os ministros vão analisar um recurso à decisão do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que, em fevereiro, negou por decisão monocrática o pedido.
No início desta semana, os advogados de Bolsonaro entraram com outros dois recursos que pedem a suspeição de Alexandre de Moraes no inquérito.
O relatório da Polícia Federal já está sendo analisado pela Procuradoria-Geral da República, que vai decidir só no ano que vem se denúncia ou não os indiciados.
Na quinta-feira (05), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro voltou a negar conhecimento sobre um plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O tenente-coronel Mauro Cid prestou novo depoimento à Polícia Federal no âmbito das investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
A oitiva durou menos de duas horas e foi, segundo a PF, um desdobramento das explicações do militar a Alexandre de Moraes no dia 21 de novembro.
Na ocasião, o ministro considerou as declarações de Cid contundentes e manteve os benefícios da delação premiada dele.