STF discute se militares poderiam atuar em "intervenção militar constitucional"

Relator do caso, Luiz Fux disse que Carta Magna não "encoraja uma ruptura democrática"

Rádio BandNews FM

STF discute se militares poderiam atuar em "intervenção militar constitucional"
O ministro do STF, Luiz Fux
Carlos Moura/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal formou neste domingo (31) placar de 3 votos a 0 para esclarecer que as Forças Armadas não têm função de Poder Moderador.

Os ministros discutem uma ação apresentada em 2020 pelo PDT em que a legenda questiona os limites da atuação dos militares.

Relator do caso, Luiz Fux votou na última sexta (29) e disse que a Constituição não permite uma "intervenção militar constitucional" e nem encoraja uma ruptura democrática.

Ele ainda disse que as Forças Armadas não são um Poder da República, mas uma instituição à disposição dos Poderes constituídos para, quando convocadas, agirem instrumentalmente em defesa da lei e da ordem.

Os ministros Luís Roberto Barroso e Flávio Dino acompanharam o colega.

Em voto separado, Dino lembrou do golpe de 64 e reforçou que é preciso eliminar "quaisquer teses que ultrapassem ou fraudem o real sentido do artigo 142 da Constituição Federal, fixado de modo imperativo e inequívoco por este Supremo Tribunal".