A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito contra os diretores do Google e do Telegram no Brasil após o ataque das empresas ao projeto de lei que regulamenta as redes sociais. O texto conhecido como PL das Fake News está em análise na Câmara dos Deputados.

As companhias são apontadas como geradoras de desinformação contra o projeto. O caso está sob sigilo no STF e deve ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Na semana passada, o Google foi acionado pelo Ministério da Justiça para a retirada de links contrários ao PL das Fake News. Falsamente, a empresa afirmava que o governo promovia a censura no país. Já nesta quarta (10), o Telegram foi obrigado a apagar uma mensagem enviada em massa aos usuários contra o texto.

A medida cumpriu determinação do ministro Alexandre de Moraes, que determinou o pagamento de multa e até suspensão do aplicativo caso a mensagem não fosse retirada da internet.

A atuação da PGR no Supremo ocorre após o presidente da Câmara, Arthur Lira, acionar a Procuradoria-Geral com uma notícia-crime afirmando que as duas empresas têm realizado ações contra a aprovação do texto.

A Câmara afirmou que as companhias atuam para resguardar interesses econômicos e têm laçado mão de toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação.