SP: Obra da linha 6-Laranja do Metrô tira o sono dos moradores de Perdizes

Linha 6-Laranja do Metrô deve ser concluída em 2025 e ligará a Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, no centro

Central de Ouvintes Ricardo Boechat

Moradores relatam que tem máquinas que trabalham inclusive aos finais de semana
Ouvinte da BandNews FM

Moradores de Perdizes, na zona oeste de São Paulo, reclamam de barulho em obra de estação da Linha 6-Laranja do Metrô em São Paulo.

Nos últimos meses, pegar no sono tem sido difícil para engenheira ambiental Patrícia Matos.

Para mostrar o cenário, ela fez a medição dos ruídos através de um aplicativo no celular.

“Tem um gerador na porta da nossa casa e não tem hora para parar”, desabafa.

Mesmo com as janelas fechadas, o resultado entre 80 e 90 decibéis, às onze horas da noite, equivale a um show de rock ou uma furadeira.

Localizada na Rua Apinajés, a obra da futura estação Perdizes da Linha 6-Laranja do Metrô, tem avançado durante a madrugada.

“Faz um mês que colocaram o aviso no elevador e fica 24 horas de trabalhos, mas ninguém consegue dormir com tanto barulho”, reclama Patrícia.

A Linha 6-Laranja do Metrô deve ser concluída em 2025 e ligará a Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, no centro.

O trajeto ainda vai se conectar com outras duas linhas do metrô e também duas da CPTM.

Quando entrar em operação, segundo o governo estadual, a linha atenderá 630 mil pessoas por dia, além de realizar em 23 minutos um trajeto que, de ônibus, dura cerca de uma hora e meia.

O engenheiro Guilherme Belotti, que mora no mesmo condomínio da Patrícia, afirma que os vizinhos estão em busca de alternativas para conter o barulho, muitos inclusive já se mudaram do prédio.

“Tem uma máquina que cava buraco até no fim de semana. É um barulho absurdo”, conta.

A Construtora Acciona, responsável pelas obras da Linha 6-Laranja do Metrô, informa que cumpre a regulamentação referente aos níveis de emissão sonora em obras civis.

A empresa afirma ainda que comunica antecipadamente a possível ocorrência de ruídos no entorno dos canteiros, e adota medidas para atenuar o sinal sonoro dos caminhões e guindastes e implantação de barreira acústica.

A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, disse que “o Programa de Silêncio Urbano, o PSIU, não fiscaliza ruídos em obras e residências, apenas estabelecimentos comerciais.

Atualmente, a cidade está em fase de adequação à lei que fiscaliza ruídos em obras.

O decreto, promulgado em setembro deste ano, estipula que as ações de fiscalização e autuação serão iniciadas após 90 dias, a contar da data de publicação.

Os moradores podem fazer reclamações sobre o barulho à polícia.

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