Pacientes com anemia falciforme relatam dificuldades para conseguir medicação gratuita nas farmácias de alto custo de São Paulo. A doença genética é caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos, que ficam com uma forma semelhante a uma foice ou meia lua.
O problema de distribuição afeta há meses o Rael, de apenas três anos, filho do ouvinte da BandNews FM Bruno Luz. A solução encontrada pelo pai para evitar o avanço da doença foi comprar a medicação com o próprio dinheiro, mesmo o remédio sendo, em tese, distribuído gratuitamente.
A enfermidade causa dores nos ossos e nas articulações, porque o oxigênio chega a algumas partes do corpo em menor quantidade, principalmente nas extremidades, como mãos e pés.
O tratamento varia de acordo com a condição que o paciente se encontra e com a idade de descoberta do quadro. No geral, inclui uso de medicamentos e transfusões de sangue.
Após cobrança da Central de Ouvintes, o Ministério da Saúde, responsável pela compra do Penveoral, disse que o medicamento será distribuído até o final desta semana nas farmácias de alto custo. Já a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou que receberá 1.160 frascos do medicamento fenoximetilpenicilina.
Em São Paulo, um a cada quatro mil nascidos-vivos é diagnosticado com a enfermidade. No Brasil, estima-se que haja entre 60 mil e 100 mil pacientes com a Doença Falciforme, sendo registrado mais de um óbito por dia em decorrência deste tipo de anemia, de acordo com o Ministério da Saúde.