Moradores de São Paulo não encontram remédio psiquiátrico na rede pública da cidade.
Localizar o medicamento Sertralina tem sido um desafio para quem mora na capital paulista.
A substância é um inibidor da recaptação de serotonina, utilizado para tratamento da depressão e sintomas de ansiedade, como o ataque de pânico, TOC e estresse pós-traumático
O analista de Recursos Humanos Juliano de Souza sofre de ansiedade e precisa do fármaco, que é de uso diário, para se manter estável.
A preocupação aumenta porque não tem previsão de repor o estoque e ele está com os últimos comprimidos da caixa, que pegou no posto.
“Fui na UBS Jardim República, aqui no Jardim Primavera, região de Interlagos, e não tem na zona sul. Estou com uma cartela que só tem para 10 dias. Se não conseguir, vou ter que comprar”, explica.
A autônoma Ana Luiza Ferreira está preocupada porque foi a alguns postos na zona norte, buscou no site da Prefeitura, e não encontrou o remédio para o marido continuar com o tratamento.
“Eu circulei na região norte e procurei em alguns locais, mas não acho. O aplicativo da Prefeitura não localiza o remédio em nenhum lugar.”, conta.
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informa que o medicamento Sertralina está em processo de compra, embora não tenha dado um prazo para a normalização do abastecimento nos postos de saúde da cidade.
A Pasta esclarece, ainda, que desabastecimentos pontuais são supridos por meio do remanejamento entre as unidades.