Mães contratadas pelo Bolsa do Povo estão sem receber há mais de dois meses.
A quantia que seria capaz de ajudar muitas famílias a manterem o mínimo das despesas básicas dentro de casa, não tem sido disponibilizada como prometido.
Quando a iniciativa foi lançada pelo governo paulista, o objetivo era priorizar as mulheres em vulnerabilidade social.
Elas trabalham em órgãos públicos municipais e estaduais, de segunda a sexta-feira, no período de quatro horas diárias durante cinco dias por semana.
O programa estadual tem 15 benefícios para famílias de baixa renda, que dão auxílio de 100 a 535 reais por mês, como bolsa trabalho, educação e vale gás.
Priscila Gonsalez é bolsista do programa e está trabalhando há mais de dois meses sem receber.
Ela já fez 18 protocolos e ainda não recebeu a cartão.
A auxiliar de limpeza Regina França tem sete filhos e a última vez que recebeu foi em outubro.
Ela também foi informada que deveria esperar por um cartão que nunca chega.
A moradora de Carapicuíba, na Grande São Paulo, Carol Hernandez já tem o cartão, mas não consegue realizar o saque do dinheiro.
Ela também não recebeu e benefício do mês.
Em nota, a Prodesp, Empresa de Tecnologia do Governo do Estado de São Paulo, que opera o programa Bolsa do Povo, informa que as beneficiárias citadas pela reportagem já estão sendo contatadas pela Central de Atendimento do órgão para a confirmação do endereço e encaminhamento do cartão.
A pasta ressalta que após o recebimento do mesmo, é necessário solicitar o desbloqueio pelo portal Bolsa do Povo, para começar a utilizar o valor do benefício.
Dos mais de 216 mil cartões enviados pela Prodesp até outubro, 54 mil, cerca de 25%, não chegaram aos destinatários por problemas no endereço cadastrado.
Por isso, é importante que todo cidadão que tenha direito aos benefícios mantenha o endereço completo atualizado, acessando o portal bolsadopovo.sp.gov.br
Quem não tiver acesso à internet, pode procurar um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) para atualização cadastral.