O primeiro dia de funcionamento da faixa azul para motociclistas na avenida 23 de Maio divide a opinião de motoristas.
O trecho sinalizado fica, entre a Praça da Bandeira e o Complexo Viário Jorge João Saad, nas proximidades do Parque do Ibirapuera.
A implementação do projeto piloto é uma nova tentativa da Prefeitura para tentar reduzir em até 30% os acidentes na via.
Porém, o motorista de aplicativo Adilson Ferreira considera que essa é mais uma ação equivocada da Prefeitura de São Paulo.
“Não vai adiantar nada, porque o pessoal não vai usá-la”, conta.
O corredor tem 90 centímetros de largura entre a primeira e a segunda faixa à esquerda, a partir do canteiro central.
O advogado Gabriel, que usa moto para deslocamentos, acha que a sinalização é muito importante para evitar problemas no trânsito.
“Toda medida leva um tempo para nos acostumarmos. O corredor deve ajudar a longo prazo”, disse.
Os motociclistas não vão ser obrigados a usar a faixa azul, eles podem continuar circulando em outros pontos da avenida.
De acordo com a CET, caso de trânsito lento o fluxo de motos será orientado para esse corredor.
O motociclista Julio César acredita que a iniciativa é válida, mas que se feita de forma isolada, não basta.
“Tem que fiscalizar o trânsito em outros pontos também para melhorar as condições para quem dirige moto”, avalia.
O mecânico de motocicletas José Manoel acredita que o investimento em educação de trânsito para os motoristas é essencial para reduzir os casos de acidentes.
Atualmente, a avenida 23 de Maio está entre as quatro vias com maior número de motos em circulação na cidade.
De acordo com a CET, são 2.038 por hora, no pico, atrás apenas das marginais Pinheiros e Tietê e da Radial Leste.
O levantamento da companhia aponta ainda que 78% dos acidentes na avenida envolvem motocicletas.