A cidade de São Paulo acordou nesta quarta-feira (19) com quatro linhas do metrô paralisadas em uma greve anunciada já tarde da noite pelos metroviários.
As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata não abriram no horário normal. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás opera normalmente porque são administradas pela iniciativa privada.
Às 7h, o Metrô iniciou uma operação parcial na linha 1-Azul entre as estações Ana Rosa e Luz, a Linha 2-Verde funciona entre Alto do Ipiranga e Clínicas e Linha 3-Vermelha entre Bresser-Mooca e Santa Cecilia. A previsão inicial para o funcionamento nesses trechos era 6h.
A Linha 15- Prata permanecerá fechada.
O sistema Paese, que utiliza ônibus nos itinerários, também foi acionado e mais de 200 coletivos foram colocados gratuitamente para atender a população nas linhas cridas temporariamente.
No entanto, ouvintes da BandNews FM relataram lotação acima do normal nos trens e nos ônibus, já que, sem opções, o paulistano procurou alternativas nos outros transportes para os deslocamentos.
Em entrevista à BandNews FM, o secretário de Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy disse que a proposta do governo é a possível neste momento de crise e lamentou o descumprimento de uma decisão judicial que garante o funcionamento de 80% das operações no horário de pico e 60% dos trens nos demais horários.
O metrô trabalha para iniciar uma operação parcial das linhas paralisadas ainda pela manhã, mas depende da chegada de funcionários que não concordem com a greve.
O Sindicato dos Metroviários pede reajuste salarial de 9,7% e a manutenção de benefícios sociais. O Metrô oferece 2,6% de aumento. Os sindicalistas também alegam que não foram notificados pela Justiça para a manutenção das operações.
A determinação da greve ocorreu após uma assembleia na noite terça-feira (18) e pegou muitos paulistanos de surpresa.
Ouvintes da BandNews FM relataram que as estações compartilhadas entre o metrô e a CPTM ficaram superlotadas. A procura por carros de aplicativos e táxis também foi maior no início da manhã. As medidas de distanciamento físico para reduzir a circulação do coronavírus foram ignoradas na tentativa de chegar ao destino pretendido com o menor atraso possível.