Em coletiva realizada nesta quarta-feira (5), o governo de São Paulo afirmou que tem capacidade para vacinar, com pelo menos uma dose, todas as crianças de 5 a 11 anos em até três semanas.
O público é de 4,3 milhões de crianças, e terão prioridade 850 mil com comorbidades, com deficiência, indígenas e quilombolas.
O governador disse que depende do governo federal para que a imunização em crianças comece. Mas Doria criticou a demora na chegada das vacinas.
“Temos vacina infantil aprovada [pela Anvisa] há quase um mês e não termos a vacina é revoltante", disse.
O governador também sugeriu que haja uma mudança no contrato com a famarcêutica Pfizer para que os estados, além do Ministério da Saúde, consigam comprar as doses.
O planejamento inclui a possibilidade de aplicar doses em escolas: 225 escolas estaduais estão cadastradas para servir como postos de vacinação infantil. Além disso, elas também servirão como ponto para aplicar a segunda dose em adolescentes.
Segundo o secretário executivo da Secretaria de Estado da Saúde, Eduardo Ribeiro, existem mais de 2500 casos de internações graves por Covid-19 em crianças e 93 mortes.
“Se tivéssemos começado a vacinar em dezembro, já teríamos 90% das crianças vacinadas”, acrescentou Ribeiro.
Em entrevista ao BandNews SãoPaulo 1ª Edição nesta quarta-feira (5), o secretário estadual da saúde de São Paulo, Dr. Jean Gorinchteyn, afirmou que a Pfizer teria capacidade de entregar apenas 15 milhões de doses até março - a quantidade não é o suficiente para vacinar toda a faixa etária de 5 a 11 anos, prevista em 20 milhões.
O Ministério da Saúde deve divulgar ainda nesta quarta (5) o cronograma de vacinação dos menores de idade.