Os donos da escola onde crianças foram agredidas, castigadas e ameaçadas na região central da capital paulista são considerados foragidos.
O pedido de prisão temporária por 30 dias de Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira foi autorizado pela Justiça nesta terça-feira (27).
Os dois são acusados de crime de tortura e maus-tratos.
A investigação começou após uma ex-professora do colégio gravar o casal e flagrar as agressões, ameaças e castigos severos.
Em uma das cenas, uma criança é obrigada a guardar brinquedos em uma caixa; em outra, um aluno é amarado a um poste com o próprio casaco.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Fábio Daré, as imagens provocaram o pedido de prisão. Ele afirma que os relatos coletados até agora são parecidos e não deixam dúvidas de que a escola tinha um método padrão de maus-tratos.
O delegado Fábio Daré explica que a responsabilização atingirá apenas os donos da escola. De acordo com ele, os funcionários não permaneciam muito tempo trabalhando no local e costumavam pedir demissão ao perceber como as crianças eram maltratadas.
O caso era de conhecimento da Secretaria Estadual da Educação desde 2016, mas acabou arquivado na época por falta de provas.
A polícia já ouviu 13 pais de alunos, além de duas professoras.
A escola Pequiá está localizada no bairro do Cambuci e atende crianças do berçário, ensino infantil e primeiros anos do fundamental. A creche segue fechada.