Entre as capitais com a presença da BandNews FM, Rio de Janeiro e Salvador já mantêm sirenes de alerta para informar dos riscos da chuva em comunidades. Na capital fluminense, são 164 estações sonoras em 103 comunidades mapeadas como áreas de risco para acidentes geológicos. A cidade ainda dispõe de 200 pontos de apoio aos moradores desses locais. Os estabelecimentos são utilizados quando o sinal toca e a população é orientada a deixar a região.
Na capital baiana, são 14 sirenes em regiões de risco e novos equipamentos devem ser implantados para expandir a área de alerta.
No estado do Rio de Janeiro, as sirenes começaram a ser instaladas na Região Serrana depois da tragédia das chuvas que mataram mais de 900 pessoas em Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, em 2011. Atualmente, estas cidades, além de Areal e Bom Jardim, dispõem de sirenes de alerta na região da serra. Outros oito municípios também receberam os equipamentos, que estão em 202 localidades de risco nestes locais. O estado ainda trabalha na implantação de sirenes de alerta em Rio Claro, Angra dos Reis e Paraty, municípios limítrofes com o litoral norte de São Paulo.
A discussão sobre a importância dos equipamentos sonoros para o aviso de situações potencialmente de risco em determinadas áreas surgiu após uma fala do prefeito de São Sebastião. Em entrevista à BandNews FM, Felipe Augusto disse que sirenes “não salvam vidas”. A cidade paulista não conta com equipamentos e registra mais de 50 mortes por conta de deslizamentos de terra no último fim de semana.
Nesta quinta-feira (23), após as falas do prefeito, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que vai instalar sirenes de alerta nas comunidades.
No Distrito Federal, em cidades mineiras e catarinenses, avisos sonoros estão instalados em áreas inundáveis por barragens. Nessas localidades, um treinamento para a população é ministrado para que todos saibam agir quando o equipamento for acionado.
O uso de sirenes em áreas de risco está em fase de implantação ou é um projeto das autoridades em Porto Alegre, Manaus e João Pessoa. Nessas capitais, as áreas de risco estão mapeadas e existe um atendimento localizado da Defesa Civil para informar a população dos riscos do terreno ocupado.
As prefeituras de Belo Horizonte e Curitiba afirmaram que utilizam o sistema de alerta por SMS e que os terrenos das cidades não exigem o uso de sirenes ou o sistema não é o mais recomendado para alertar a população.
No Espírito Santo, o treinamento em áreas de risco e o uso de alertas por SMS ou via redes sociais são as estratégias utilizadas atualmente. A Defesa Civil estadual também afirmou que acompanha os resultados do uso de sirenes no Rio de Janeiro para avaliar a efetividade do sistema.