Simulação de contra-ataque nuclear da Rússia aumenta tensões no leste europeu

Movimentação acontece após Moscou acusar a Ucrânia de planejar ataque com “bomba suja”

Exército da Russia realiza treinamento militar simulando contra-ataque
Antonio Bronicds/Reuters

A comunidade internacional manifesta preocupação após a Rússia realizar nesta quarta-feira (26) um treinamento militar simulando um contra-ataque nuclear supostamente contra a Ucrânia.

Em nota, o Kremlin comunicou que “sob a liderança do comandante supremo das Forças Armadas, Vladimir Putin, as forças de dissuasão estratégica terrestres, marítimas e aéreas realizaram treinamento, durante o qual foram feitos lançamentos práticos de mísseis balísticos e de cruzeiro”.

Pelo menos um míssil balístico, com capacidade de carregar uma ogiva nuclear, foi lançado no Extremo Oriente do país. Um segundo explosivo foi disparado de um submarino nuclear das águas do Ártico.

Aviões também participaram da movimentação, simulando bombardeios. Segundo Moscou, as ações foram um sucesso.

O treinamento ocorre de forma anual e já havia sido comunicado a países como os Estados Unidos. Apesar disso, as movimentações militares aumentam as tensões na região, uma vez que acontecem em meio às acusações russas de que Kiev pretende atacar o próprio território com uma “bomba suja”, explosivo contaminado com material radioativo ou agentes químicos, e culpar Moscou pelo ataque.

Nesta quarta, o governo da Eslovênia também entrou na polêmica e afirmou que as imagens usadas pela Rússia para acusar os ucranianos é uma foto antiga de detectores de fumaça tirada em território esloveno.

Moscou deve levar a questão para discussão na ONU.

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