O ministro da Fazenda e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admite que o governo pode rever a decisão de reter os dividendos extraordinários da Petrobras.
A questão foi discutida em reunião que durou mais de 3h e contou com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro Fernando Haddad, do Alexandre Silveira e do presidente da companhia, Jean Paul Prates.
Nos últimos dias, as ações da Petrobras despencaram cerca de 10% após o anúncio de que a distribuição dos lucros obtidos no ano passado seria menor.
Especialistas no assunto atribuíram a queda à decisão da companhia de reter os dividendos extraordinários, avaliados R$ 43,9 bilhões, adiando o pagamento destes recursos para o futuro. Os dividendos são a parte do lucro que é repassada para os acionistas da empresa.
Na reunião desta segunda (11), após ser questionado se a companhia poderia mudar de ideia, Alexandre Silveira afirmou que a “questão é dinâmica”. E que o dinheiro foi para uma “conta de contingência”, uma espécie de reserva, que não pode ser usada para investimentos.
A expectativa é que o Conselho da Petrobras se reúna de forma extraordinária para discutir o assunto.