A âncora Sheila Magalhães, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta quarta-feira (8) a decisão da Meta - empresa dona do Instagram, Facebook e WhatsApp - de acabar com o sistema de checagem de fatos nas suas redes sociais para adoção de um sistema de “notas da comunidade”, similar ao utilizado no X (ex-Twitter).
Para o bilionário e dono da companhia, Mark Zuckerberg, o modelo de checagem dos fatos “foi longe demais”.
O empresário afirmou que trabalhará com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para "pressionar os governos de todo o mundo, que visam perseguir empresas americanas e pressionando para implementar mais censura".
Zuckerberg ainda acusou, sem provas, os países da América Latina de terem "tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente".
Para Sheila, trata-se de uma decisão que premia a desinformação: "Em nome da liberdade de expressão, irresponsabilidade e informação falsa. [Ação] que pode matar, desde reputações, matar pessoas. Nesse nível de gravidade que estamos falando quando tratamos desse assunto".
A jornalista ainda ressaltou que já há uma discussão, tanto no Brasil quanto na Europa, sobre a necessidade das grandes empresas de tecnologia serem enquadradas numa legislação específica.
"O que elas fazem é achar que o terreno digital é uma terra sem lei. O cometimento de crime é livre por lá? Não. A lei que vale no nosso mundo, real, tem de valer, também no mundo virtual", pontuou.