O texto-base foi aprovado na quarta-feira (31) à noite na Câmara, no limite do prazo, por uma margem folgada no placar.
Foram 337 votos a favor, e 125 contrários, além de uma abstenção.
O Palácio do Planalto realizou uma forte articulação para que a MP não perdesse validade e fosse aprovada na Casa. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) classificou a aprovação como um voto de confiança para o Governo e afirmou que as alianças de apoio precisam ser mais permanentes: "importante que se diga, deixe claro, que daqui para frente, governo vai ter que andar com suas pernas. Não haverá nenhum tipo de sacrifício".
Se não fosse o aval dos deputados, a estrutura de 37 ministérios, editada no primeiro dia da gestão Lula, voltaria a ser como era a de Bolsonaro, com 23 pastas.
O presidente Lula (PT) se reuniu com Arthur Lira na quarta-feira (31) e, após as conversas, foram repassados R$ 1 bilhão e 700 milhões aos parlamentares, o maior valor de emendas liberado em único dia no atual governo.
Também fez parte do acordo a recriação da Fundação Nacional da Saúde.
O governo é contra a medida por políticas sanitárias em municípios de pequeno e médio porte, mas acabou cedendo à pressão.
A Funasa é um abrigo tradicional de indicações políticas do "Centrão" e fez parte da gestão Bolsonaro, mas chegou a ser extinta por Lula no início de mandato.
Com a inclusão da fundação na medida, os destaques com eventuais alterações no texto vão ser analisados pelo Senado, mas a expectativa é que seja aprovado como está.
O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeu celeridade na votação.