Revogação da Lei de Segurança Nacional segue para sanção de Bolsonaro

Proposta que altera lei dos tempos da ditadura seguirá para sanção do presidente Jair Bolsonaro

BandNews FM

Senado aprova projeto que revoga Lei de Segurança Nacional
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (10), o projeto que revoga a Lei de Segurança Nacional, promulgada em 1983, ainda durante a ditadura militar (1964-1985). 

Agora, o texto segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo pode vetar a decisão do Congresso, mas senadores e deputados têm a prerrogativa de derrubarem o veto.

Com o novo projeto de lei, crimes contra o Estado de Direito passam a ser definidos pelo Código Penal, e não mais pela Constituição. A legislação inclui os delitos de espionagem, golpe de estado e atentado à soberania.

Sobre o espalhamento de fake news durante as eleições, o projeto ainda configura a pena para quem "disseminar fatos que sabe inverídicos, e que sejam capazes de comprometer a rigidez do processo eleitoral".

Já a respeito das falas que estimulem conflitos entre os poderes, o projeto também proíbe a incitação de "animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade".

Durante a votação do novo texto pelo Senado, novas emendas foram recusadas pelo relator Rogério Carvalho, a fim de agilizar a tramitação do PL.

Nos últimos anos, a Lei de Segurança Nacional voltou a ganhar força após um longo período em desuso. O texto dos tempos ditatoriais incrimina a calúnia ou a difamação contra o Presidente da República.

Com base na legislação antiga, o recém-indicado ao Supremo Tribunal Federal e ex-ministro da Justiça, André Mendonça, solicitou a abertura de inquérito, por exemplo, contra o escritor Ruy Castro e os jornalistas Ricardo Noblat e Hélio Schwartsman.

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