A CPI da Pandemia vai ouvir nesta semana o líder do governo na Câmara dos Deputados, o parlamentar paranaense Ricardo Barros. O depoimento marcado para quinta-feira (12) foi solicitado pelo próprio deputado após ter o nome citado pelo também deputado Luís Miranda como sendo o responsável por irregularidades no Ministério da Saúde. Os trabalhos da semana continuam ouvindo envolvidos na negociação de vacinas e de remédios ineficazes cientificamente, mas que tiveram o uso incentivado pelo presidente da República.
Nesta terça-feira (10), primeiro dia com sessão oficial da semana, é aguardando o depoimento do coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida. O militar é apontado como o elo entre a Davati Medical Supply é o Ministério da Saúde. Ele também é presidente do Instituto Força Brasil, que intermediou reuniões entre vendedores da vacina e o agora ex-secretário Executivo Élcio Franco.
A Davati tentou negociar a venda de 400 milhões de doses de vacinas com o governo, mas não tinha garantia de entrega das doses. Um representante da empresa no país teria recebido um pedido de propina de um dólar por dose de vacina da AstraZeneca negociada. O negócio não foi concluído.
Na quarta (11), os senadores se debruçam sobre a venda de medicamentos ineficazes contra a Covid-19 e que são defendidos até hoje pelo presidente Bolsonaro. Será ouvido Jailton Batista, presidente da Vitamedic Indústria Farmacêutica, empresa que teria sido beneficiada pela venda de medicamentos do chamado “kit Covid”.