Sem Lula, posse de Maduro deverá ter embaixadora como representante do Brasil

Relação entre a Venezuela e o Itamaraty está estremecida depois de Planalto não reconhecer resultado das eleições em Caracas

Sem Lula, posse de Maduro deverá ter embaixadora como representante do Brasil
Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro
Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS

A embaixadora do Brasil na Venezuela deve acompanhar a cerimônia de posse do ditador Nicolás Maduro para um novo mandato, marcada para a próxima quinta-feira (10). No entanto, segundo o Itamaraty, o governo federal aguarda um convite formal a ser enviado pelo país vizinho. Glivânia Maria de Oliveira deverá representa o Brasil em Caracas desde o início de 2024. 

Ao contrário do que aconteceu em outras posses de aliados no continente, nenhum nome político próximo de Lula estará na cerimônia. Desde as eleições de julho do ano passado, a relação entre o Brasil e Nicolás Maduro passou por altos e baixos.

Até o momento, o governo Lula não reconheceu o resultado da eleição. A falta de uma manifestação pública representa uma demonstração das incertezas sobre o pleito.

O ditador Maduro está no comando da Venezuela desde 2013 e é acusado não só pela oposição local, mas também por outros países e por organismos internacionais de ter fraudado a disputa.

Ao mesmo tempo em que o governo Lula vem condenando as sanções impostas à economia do país vizinho, o Brasil passou a cobrar em 2024 do regime Maduro transparência no processo eleitoral. Com isso, a relação entre o governo brasileiro e o venezuelano está estremecida nos últimos meses. O presidente brasileiro e Maduro são aliados históricos.  

O novo mandato de Maduro vai até janeiro de 2031.

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