Mesmo sem apoio e alianças nacionais, o PDT confirmou, em convenção nacional, a candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto.
Esta é a quarta vez que o ex-governador do Ceará concorre à Presidência. A decisão de oficializar logo a candidatura foi para aproveitar ao máximo o período eleitoral - no entanto, as campanhas só podem começar em 16 de agosto.
A legenda ainda não definiu quem irá ocupar a vaga de candidato a vice-presidente. Nos bastidores, ainda existem desconfianças sobre a real viabilidade da candidatura de Ciro.
Os dirigentes da campanha apontam que a estratégia é segurar a decisão sobre o vice até o último dia da janela das convenções, que terminam em 5 de agosto, com o objetivo de buscar outras legendas até lá.
Durante o evento, Ciro Gomes defendeu a democracia brasileira e afirmou que vai tomar medidas para aumentar a arrecadação do país.
Mesmo sendo o mais forte candidato da terceira via e ocupando o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Ciro não conseguiu articular alianças nacionais ao redor do próprio nome.
O candidato ensaia, há alguns meses, uma aproximação com Simone Tebet, do MDB. A senadora não tem tido grande espaço no próprio partido e não avança nas pesquisas de intenção de voto.
Convenções partidárias
O prazo para que sejam feitas as convenções partidárias, que servem também para aprovação de pré-candidaturas, termina no dia 5 de agosto.
Nesta quinta-feira (21), será a convenção nacional do Partido dos Trabalhadores, que deve confirmar, em São Paulo, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva.
Já o presidente Jair Bolsonaro terá a candidatura confirmada na convenção do Partido Liberal, que ocorre no próximo domingo (24), no Rio de Janeiro. A tendência é de que o nome de Walter Braga Netto seja anunciado como vice de Bolsonaro.