Sem acordo, republicanos tentam eleger presidente da Câmara da EUA

Líder do Partido Republicano enfrenta resistência entre os colegas e não conseguiu ser eleito na terça (3); deputado filho de brasileiros afirma que não vai renunciar ao cargo

BandNews FM

Líder do Partido Republicano enfrenta resistência entre os colegas Reprodução: Reuters
Líder do Partido Republicano enfrenta resistência entre os colegas
Reprodução: Reuters

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos volta a se reunir nesta quarta-feira (4) para tentar eleger o novo presidente da Casa. Na terça-feira (3), os deputados do Partido Republicano não chegaram a um consenso para a eleição de Kevin McCarthy como o novo comandante dos trabalhos no Legislativa americano.

Os republicanos alcaçaram maioria na Câmara dos Representantes na eleição de outubro, mas com uma vantagem de apenas sete parlamentares sobre os democratas, vivem uma indefinição por conta de desavenças internas.

Conforme o correspondente da BandNews FM nos Estados Unidos, Eduardo Barão, o líder do Partido Republicano é rejeitado pela ala mais conservadora e não conseguiu atingir a maioria dos 218 votos necessários para assumir a presidência da Casa.

McCarthy foi derrotado em três votações, atingiu no máximo 203 votos, enquanto o deputado do Partido Democrata Hakeem Jeffries conseguiu 212 apoios. Entre os democratas não houve traições e os membros votaram em peso no novo líder escolhido pelo partido.

A derrota de McCarthy demonstra a desunião do partido e mostra que os republicanos podem enfrentar problemas no trabalho de oposição ao presidente Joe Biden.

Sem a eleição do novo presidente, os deputados americanos não puderam iniciar oficialmente os trabalhos no parlamento.

Com isso, os pedidos de impeachment contra o deputado republicano George Santos não puderam ser analisados. Os democratas pedem a renúncia do filho de brasileiros que mentiu durante a campanha sobre a carreira e a origem familiar.

George contou inverdades sobre sua origem judaica, dizendo que seus avós haviam fugido do Holocausto, porém foi desmentido pelo jornal norte-americano The New York Times. Além disso, o deputado mentiu sobre sua formação acadêmica e profissional e virou alvo de uma investigação federal em relação a origem de suas finanças.

Santos declarou a jornalistas que não irá renunciar ao cargo e contou com a omissão de McCarthy em relação as denúncias de fraude em troca de seu voto para a presidência da Câmara.