Os estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul começam a receber, nesta quarta-feira (17), a coleta de informações do Censo Demográfico 2022 em localidades quilombolas.
Este é o primeiro ano em que o IBGE investiga a autoidentificação quilombola. O instituto anunciou o Dia de Mobilização do Censo Quilombola, que pretende estimular as lideranças das comunidades para permitirem a entrada dos profissionais com o objetivo de coleta de dados.
Ao todo, serão visitadas quase seis mil localidades quilombolas e mais de dois mil e trezentos agrupamentos quilombolas - aqueles em que há 15 ou mais pessoas residindo. Além disso, o instituto realizou treinamento com os recenseadores para que as pessoas se sintam confortáveis em responder ao Censo.
Na Bahia, o estado com o maior número de quilombolas, de acordo com a Base Territorial Censitária, a expectativa é que ao menos 640 domicílios sejam visitados somente na Ilha da Maré, em Salvador, onde existem sete comunidades.
Em todo o estado, são cerca de 1.046 localidades quilombolas, o que representa 17,5% de um total de quase seis mil do país. De todas as cidades baianas, 57,4% têm ao menos um quilombo.
Vitória da Conquista, Campo Formoso, Bom Jesus da Lapa, América Dourada, Bonito e Seabra são os municípios baianos com os maiores números de localidades quilombolas.